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quarta-feira, 20 de abril de 2016

U.N.C.M #04 - Legião Urbana

Legião Urbana - Formação clássica da banda, da esquerda pra direita, respectivamente: Renato Russo (Vocal), Renato Rocha (Baixo), Dado Villa-Lobos (Guitarra) e Marcelo Bonfá (Bateria).

Mesmo que você não goste do Rock Nacional, talvez já deva ter ouvido falar de Renato Russo ou da Legião Urbana. A banda acabou em 1996 devido a morte do vocalista e principal compositor, Renato Russo, ainda assim, a Legião Urbana continua a conquistar uma nova legião de ouvintes sem abandonar os mais antigos. Tendo surgido na metade dos anos 80, no que pode ser considerado um dos períodos mais influentes do Rock no país, a Legião logo chamou a atenção dos jovens, principalmente pelas letras cantadas por Renato Russo, cada música falava sobre tudo ao mesmo tempo, levando a diversas interpretações diferentes, mas quase sempre falando da mesma coisa, da vida.

Renato Russo já era um músico experiente quando formou a Legião Urbana, antes, havia participado do Aborto Elétrico, uma importante banda, que apesar de não ser famosa fora de Brasília (cidade natal do Renato), influenciou outras bandas que também se destacaram nos anos 80, como a Plebe Rude, o Capital Inicial e os Paralamas do Sucesso. Com o fim do Aborto Elétrico, Renato passou um tempo em carreira solo, se apresentando como o "Trovador Solítario", durante essa fase, deixou os amplificadores de lado, e foi se apresentar sozinho, com voz e violão, nesse pequeno período sem banda, surgiram algumas das suas melhores composições como "Eduardo e Mônica" e "Faroeste Caboclo". Depois de um tempo sozinho, forma a Legião Urbana, usando toda a bagagem adquirida no Aborto Elétrico e na curta carreira solo, liderou a Legião Urbana e foi o principal responsável por ela se tornar não apenas a maior banda de Brasília, mas a mais importante do país.

Renato Russo - Um dos maiores poetas da música brasileira, influenciou gerações e continua influenciando a juventude de muitos!
Diferentemente de Freddie Mercury que recusava ser considerado o líder do Queen, era evidente não apenas que Renato liderava a Legião Urbana, mas que a mesma só existia, por ele existir, sem Renato Russo, não haveria Legião Urbana, e isso ficou evidente, já que após a sua morte, a banda encerrou as suas atividades, realizando reuniões esporádicas em festivais, como uma forma de prestar homenagem a memória de Renato Russo.

É impossível falar das letras da Legião Urbana, sem mencionar o Renato Russo, praticamente tudo o que ele passou, tudo o que viveu, tudo o que pensava está contido em cada estrofe, em cada verso! Desde os seus momentos mais felizes, em que estava vivendo uma grande paixão, até os momentos de uma cruel depressão que o levou a morte, suas letras são praticamente uma auto-biografia, não apenas dele, mas de cada jovem brasileiro.

Legião Urbana - O quarto álbum da banda, "As Quatro Estações", além de ser o mais vendido, é considerado por muitos como o melhor disco, graças a canções icônicas como "Pais e Filhos", "Quando o Sol Bater na Janela do Teu Quarto" entre outras.
Fazer sucesso, principalmente no Brasil não é difícil, agora ser lembrado e relembrado todos os anos como um ícone da música nacional, isso sim é quase impossível. A Legião Urbana se foi com a morte de Renato Russo, mas o seu legado, permanece vivo, e graças a qualidade musical, tende a continuar a influenciar e motivar jovens e adultos por muitos anos.

Vamos as cinco músicas que estou deixando de recomendação, não apenas para aqueles que não conhecem o trabalho da Legião Urbana, quanto para aqueles que conhecem, mas não ouviram toda a discografia. Tomei a liberdade de escolher as músicas de álbuns distintos, que indicarei abaixo.

  1. Esperando por Mim (do álbum: A Tempestade ou o Livro dos Dias)
  2. Será (do álbum: Legião Urbana)
  3. Sete Cidades (do álbum: As Quatro Estações)
  4. Andreas Doria (do álbum: Dois)
  5. Só por Hoje (do álbum: O Descobrimento do Brasil)

A Legião Urbana foi tão importante que como vocês devem ter percebido, não caberia nessa postagem, para compensar isso, futuramente, estarei analisando a discografia não apenas dessa banda, mas de outras.

Espero que tenham gostado das músicas!

E você ? Quais as suas cinco músicas favoritas da Legião Urbana ?

Responda nos comentários!

Até a próxima.



terça-feira, 12 de abril de 2016

Curto Jogos Curtos!

Recentemente, terminei o jogo Parasite Eve 3rd Birthday, levei aproximadamente 13 horas, para terminar o game no modo normal, jogando despreocupadamente, sem me preocupar em terminar o jogo em todas as dificuldades, realizar todas as missões secundárias, ou destravar todos os extras.

Foi uma experiência muito boa, me diverti muito tentando terminar a campanha principal do jogo. Assim que eu terminei, me veio a cabeça um questionamento antigo, mas que ainda me incomoda:

Por que os jogos hoje em dia são tão longos ?

The Witcher 3 - Os jogos hoje dia são superproduções, que demandam anos para serem produzidos.The Witcher 3 é um dos jogos mais premiados de todos os tempos, trazendo ao jogador muito mais que um jogo, uma experiência completa ao longo de mais de 200 horas de jogo.
O atual RPG mais cobiçado pelos fãs do gênero, é The Witcher 3, com incríveis 200 horas de jogo, você precisaria investir mais de uma semana (aproximadamente 8 dias) da sua vida para obter uma experiência completa, explorando tudo o que o jogo tem pra oferecer, detalhe, quando eu digo 8 dias, quero dizer 8 dias jogando sem parar, sem nenhuma pausa.

Para os jovens com tempo livre, 200 horas de jogo não é tanto, e o desafio de completa-lo em sua totalidade pode significar até mesmo uma motivação a mais para a aquisição do jogo. Já para aqueles que trabalham ou estudam durante boa parte do seu dia, tantas horas de jogo significam apenas a impossibilidade de terminar o jogo completamente, usando de uma matemática básica, se o indivíduo trabalha e estuda, tendo apenas 1 hora livre para jogar (descontando o tempo gasto com a inicialização do console, configuração e etc.) ele levaria 200 dias, cerca de seis meses e meio para concluir o jogo.

Tente imaginar jogar o mesmo jogo por seis meses seguidos, por pelo menos uma hora por dia, é enjoativo só de pensar, fora que nesse período sempre vai surgir outros jogos para serem jogados, e caso você queira realmente terminar um The Witcher 3, com 100% de progresso, jogar outras coisas só vai atrasa-lo e vai cedo ou tarde acabar forçando o abandono do jogo.

Final Fantasy VI - Jogos longos não são novidade. Os jogos mais antigos da aclamada série de RPG, Final Fantasy, já necessitavam de dezenas de horas para serem concluídos.
Eu sei que existem universos dentro de um jogo que precisam ser explorados e aproveitados ao máximo, mas em muitos casos, depois de terminar a campanha principal, o que resta são missões muito monótonas, sem diversão alguma, que vai passar mais tempo frustrando do que divertindo o jogador.

Concluindo o desabafo, acredito que para um jogo ser bom, ele não precisa ser gigantesco, basta proporcionar diversão ao jogador, não significa obviamente que 50 minutos basta, mas jogos longos com 100, 150, 200... até mesmo 300 horas de jogo, não dá! E infelizmente vejo que nas últimas gerações, jogos gigantes se tornaram meio que uma obrigação por parte das produtoras, e isso me desmotiva a jogar algum dos melhores jogos atuais, afinal, qual a graça começar algo que você sabe que não vai conseguir terminar antes de enjoar ?

Prefiro um jogo curto que me divirta, do que um jogo longo que me fruste!

E você ?

O que acha ?

Qual a sua opinião a respeito ?



domingo, 3 de abril de 2016

J.F #03 - Parasite Eve 3rd Birthday

Muitas franquias boas surgiram no videogame de 32 Bits da Sony, o PlayStation 1, como é o caso da série Parasite Eve!
Quando ganhei o PlayStation 1, em 2001, tive a oportunidade de experimentar pela primeira vez (que eu me lembre) os jogos da geração de 32 Bits. Antes de ganhar o PlayStation 1 da minha irmã (mais detalhes em outra postagem), as atenções estavam voltadas para o Super Nintendo, mas todos sabem que quando se ganha um videogame novo, o antigo é esquecido temporariamente, devido a imensa biblioteca de jogos que você nunca jogou antes.

Entre os jogos que vieram com o meu PlayStation 1, três jogos me chamaram a atenção: Resident Evil 3, Thrill Kill e Parasite Eve. Estes jogos eram curiosos aos meus olhos, justamente por serem jogos mais "adultos", com uma temática bem distante do que eu estava acostumado, falando em costume, a violência gráfica não era uma novidade para mim, já que passava horas e horas jogando Mortal Kombat, mas ainda assim, nada era comparado com a tensão que eu sentia ao jogar esses três títulos citados anteriormente, com exceção do Resident Evil 3 que na minha infância, nunca tive coragem de passar da tela de introdução pois tinha um medo absurdo do Nemesis.

Parasite Eve - Eis a capa do primeiro jogo da série, uma resposta original da Square para os jogos do gênero Survival Horror que estavam fazendo muito sucesso no final dos anos 90.
Meu primeiro contato com a série Parasite Eve, não foi intencional. Estava testando os jogos que vieram com o videogame (PS1), e eis que dois discos me chamaram a atenção, ambos traziam uma mulher na face do disco e o logo do jogo, sendo que cada um tinha uma cor diferente, justamente para diferenciar o disco 1,do disco 2. Meu PlayStation 1 era destravado, então provavelmente nunca torne a ver aqueles discos que marcaram a minha infância. O jogo se tornou muito especial para mim, por ser o primeiro Survival Horror que joguei, além da primeira CG que eu assisti, e foi justamente a belíssima CG que me motivou a joga-lo. Ainda não conhecia a Square, mas hoje sei que a grande jogada da empresa na época, era apostar nos vídeos em Computação Gráfica (C.G), dizíamos que na geração de 32 Bits, um jogo se vendia, não pela jogabilidade em si, ou os gráficos, mas pela CG, se fosse de qualidade, a venda era segura, o que não significava que o jogo era bom, exceto em relação a Square, que sempre combinava uma boa CG com um bom jogo.

Parasite Eve 3rd Birthday - Excelente jogo do PSP, um título obrigatório, que entra facilmente em qualquer lista de melhores jogos do portátil!
Bom, falemos então de Parasite Eve 3rd Birthday. Basicamente a série narra as aventuras de uma jovem policial, chamada Aya Brea, que possui habilidades sobre-humanas, e investiga incidentes biológicos envolvendo criaturas mutantes. O jogo gira em torno de uma nova epidemia de criaturas mutantes que atacam a cidade de Nova York ás vésperas do dia de natal, cabe então uma agência secreta chamada C.T.I (do qual Aya faz parte) tentar controlar a situação e destruir as criaturas que ameaçam o mundo. Através de um dispositivo chamado Overdive System, é possível fazer com que os agentes da C.T.I, enviem suas consciências ao passado e fazer com que tomem controle de um corpo humano qualquer, assimilando o DNA do agente ao hospedeiro e assim a sua aparência física, dessa forma, eles tentarão mudar o passado, para alterar o terrível futuro ameaçado pelas criaturas mutantes.

Parasite Eve 3rd Birthday - A qualidade vista nas cenas em computação gráfica do jogo é uma característica marcante nos jogos da Square!
O jogo possuí gráficos bonitos e bem trabalhados, possuindo uma grande quantidade de elementos simultâneos na tela, diversidade de inimigos e detalhes no cenário, que apesar de parecerem "arenas" fechadas, sem possibilidades de exploração no cenário, é compreensível, afinal estamos falando de um portátil com pouca quantidade de armazenamento. Os gráficos se tornam ainda mais belos no emulador, recomendo aqueles que puderem, a testar o jogo no emulador de PSP, a experiência melhora muito, sendo possível gerar gráficos entre o PS2 e o PS3.


Parasite Eve 3rd Birthday - Inimigos gigantes que couberam muito bem nas telas do portátil da Sony!
A jogabilidade é simples, se distanciando um pouco do RPG e do Survival Horror original dos primeiros jogos, e se tornando um jogo de ação, com elementos que lembram os grandes expoentes atuais do gênero de Tiro em 3ª Pessoa, como Gears of War. O game contém uma grande variedade de armas, sendo possível adquirir novas armas através dos pontos obtidos no decorrer do jogo, além de ser possível customizá-las e aprimorá-las. O jogo também possuí uma variedade de roupas para a personagem, sendo possível também rasgar parte das roupas da personagem durante as batalhas, dando um pouco mais de imersão e empatia com a protagonista que vai ter de enfrentar muitos perigos para cumprir a sua missão. Um detalhe que já é de conhecimento dos jogadores, e que inclusive já foi citado no começo das postagens, as cenas em computação gráfica receberam um tratamento muito especial por parte da Square, sendo dignas de um jogo para PS3 ou Xbox 360.


Parasite Eve 3rd Birthday - O jogo conta com uma boa variedade de inimigos e cenários!
A trilha sonora é imersiva, lembrando muito as séries e filmes de investigação com temática sobrenatural como os seriados Fringe e Arquivo X. Aliás as músicas conseguem representar exatamente o ambiente de mistério e ação que envolve a trama do jogo, ação que vai ser encontrada do começo ao fim, afinal o jogo possuí um bom número de chefes e subchefes, que vão render uma boas horas de diversão ao jogador.


Parasite Eve 3rd Birthday - Terminar o jogo não será uma tarefa fácil, mas renderá boas horas de diversão aos jogadores!
O jogo em si não é difícil, eu diria que é trabalhoso, já que muitas chefes possuem um método diferente de serem derrotados, que precisam ser estudados durante a batalha pelo jogador, dessa forma, apenas atirar e se esconder não será o bastante. É preciso também um cuidado em administrar as habilidade especiais da personagem, que através do preenchimento de uma barrinha vermelha abaixo da barrinha de vida, possibilita transformar a protagonista, em algo semelhante ao que vemos na série Devil May Cry, além de conceder uma espécie de onda de energia que causa sérios danos aos inimigos, e fica disponível quando aparece um triângulo na mira, como visto em uma das imagens acima.



Concluindo, Parasite Eve 3rd Birthday é um jogo obrigatório para todos aqueles que possuem um PSP, ou que estão descobrindo a sua maravilhosa biblioteca através dos emuladores. O jogo é tão bem trabalhado que poderia facilmente ser adaptado aos consoles de mesa, e uma história complexa que renderia muitas sequências para série. Quem sabe não vemos novas aventuras de Aya Brea na atual geração de consoles.

Fica aí a dica de um ótimo jogo, que está entre os meus JOGOS FAVORITOS.