Devido a limitação de Hardware da época, era difícil termos um jogo que se concentrasse em mais de um arco da história, quando isso era possível, a narração dos eventos era feito de forma bem simples, sem explorar todos os detalhes da trama, deixando muitos detalhes para trás. Em Dragon Ball Z Legends por ser da era 32 Bits, era de esperar que ainda não seria possível contar o que houve desde o aparecimento de Raditz até a derrota de Majin Buu, pelo menos não dá forma que os jogos da série "Super Butouden" do Super Nintendo estavam fazendo, a única saída era mudar completamente o conceito de jogos de luta de animes, e arrisco dizer, que pode ter servido de inspiração para o que vemos nos jogos da série Dragon Ball ou Naruto nos dias de hoje.
O jogo possuía basicamente dois modos de jogo, a campanha principal e o modo versus. A campanha abrange desde a chegada dos Saiyajins, até o combate final entre Goku e Majin Buu. O grande diferencial da jogabilidade do game era poder travar batalhas entre até SEIS PERSONAGENS ao mesmo tempo, divididos em dois times de até três personagens, mas podendo usufruir de outras possibilidades como um contra três, dois contra dois e etc.
Dragon Ball Z: Legends - Goku com Kaioken aplicando um pouco de disciplina no Nappa! |
A cada capítulo do modo história, um número pré-definido de lutadores está disponível de acordo com a história original, por exemplo, durante o combate contra as Forças Especiais Ginyu, é possível montar um time de três lutadores entre os seguintes personagens: Goku, Gohan, Kuririn e Vegeta. Excluindo o Piccolo que ainda não tinha chegado no Planeta Namekuseijin. Essa liberdade permitia ao jogador desde ir a peleja com os personagens mais poderosos disponíveis, a até mesmo tentar desafiar Freeza utilizando apenas o Kuririn (na série não deu certo, mas o jogo permitiria uma vitória improvável).
Cada personagem possuía no mínimo um golpe especial, que era acionado automaticamente pelo personagem que estiver na "liderança" do time, a partir do preenchimento de uma barra de energia, dividida em duas cores (uma para cada time), a barra enchia conforme o time ia dominando o combate, aquele que estivesse executando mais combos e sequências. Caso um dos personagens estivesse apanhando, era possível ajuda-lo, evitando que o combo adversário se estendesse por muito tempo e acabasse preenchendo a barrinha. Esses elementos tornavam os combates bem equilibrados, dando importância a todos os personagens envolvidos nos times.
Falando em personagens, o jogo contava com 35 lutadores, os principais heróis e vilões que apareceram em Dragon Ball Z, alguns fazendo a sua estreia nos jogos da franquia, como As Forças Especiais Ginyu (todos os cinco membros) e os cinco androides (nº16,17,18,19 e 20) além do androide Cell. Conforme o jogador vai evoluindo a história, os personagens ficavam disponíveis para lutar no modo versus, incluindo os vilões, possibilitando vivenciar combates épicos que não apareceram no anime!
Os gráficos eram simples, basicamente sprites em 2D em combates em 3D, infelizmente não tiveram um cuidado especial com os sprites dos personagens, ficando numa qualidade inferior ao dos jogos de 16 Bits. Em contrapartida os efeitos de explosão em 2D estão respeitáveis. Já o 3D está simples, simples demais! Apesar de ter sido lançado ainda no início da vida útil do PlayStation e Saturn, os ataques especiais poderiam ter sido mais bem trabalhados, com a adição de texturas, o 3D "liso" tirava o charme das finalizações. Lembro-me de comparar a Genki Dama do Goku a uma Laranja descascada (só que azul).
Dragon Ball Z: Legends - Sim! Essa laranja sem casca (e azul) é uma Genki Dama!!! |
A trilha sonora era bem simples, conseguia transmitir normalmente o clima das batalhas, sem trazer a sensação de um concerto ao vivo, mas também sem incomodar ou irritar o jogador. Apesar da qualidade de CD, as músicas da série Super Butouden do SNES, são mais marcantes, ou até mesmo as do jogo anterior Ultimate Battle 22 (PlayStation) / Shin Butouden (Sega Saturn). Chamo a atenção para a musiquinha que tocava quando íamos disparar um Kamehameha com o Goku Super Saiyajin, é o momento mais marcante e a lembrança mais forte da época que eu jogava no PlayStation.
Para finalizar, gostaria de lançar uma novidade, deixando uma nota para esse jogo (e futuramente nas próximas análises também), e em homenagem a série Dragon Ball, o modelo de nota será uma das esferas, o critério básico será explicado em uma outra postagem, aguardem!!!
Concluindo a análise. Dragon Ball Z: Legends, é um bom jogo, o meu favorito da geração 32 bits. É divertido, bom para jogar com outro jogador cooperativamente. Tem uma boa variedade de personagens e a campanha é bacana, abordando todas as sagas da fase "Z" de Dragon Ball. Não é um jogo perfeito, não se arrisca muito, mas naquilo que é proposto, o jogo faz com maestria. Por isso merece como nota:
4 ESTRELAS!
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