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segunda-feira, 27 de junho de 2016

U.N.C.M #06 - Blink 182

O Punk foi um movimento musical surgido nos anos 70, impulsionado principalmente por três bandas: Ramones, Sex Pistols e The Clash. Criado como um resposta para o tipo de música que estava sendo na época, o Rock Progressivo que tinha uma premissa muito mais complexa e bem arranjada, tornando-se mais restrito ao público do que a proposta originou o surgimento do Rock n' Roll.

Como todo movimento cultural, tem um início, meio, fim e redescoberta. Se lá na metade dos anos 80 o punk estava perdendo as suas forças e chegando próximo de um fim, os seus influenciados começavam a se organizar em novos movimentos e subgêneros, que estavam se preparando para emergir na década seguinte.


Blink 182 - Formação clássica da banda: Travis Barker, Tom DeLonge e Mark Hoppus.
Já nos anos 90, entre os mais diversos subgêneros que surgiram do punk, tivemos duas vertentes que ganharam um bom espaço no cenário musical, o Grunge (no começo da década) e o Pop Punk (da metade pro final).

Muitas bandas interessantes surgiram nesse período, que estão entre os representantes do estilo, como o Green Day, Offspring e o Sum 41, mas a que vamos abordar nessa edição do "Um Nome, Cinco Músicas" é o Blink 182.


Blink 182 - Durante participação em evento da Bilboard de 1999, na época a banda estava lançando o álbum Enema of the State, o mais bem sucedido da carreira!

Talvez tenha sido a banda mais bem sucedida do Pop Punk, sendo inclusive uma das principais bandas em geral, da década de 90 e começo de 2000. Um dos motivos para tanto sucesso é que a partir dos anos 90, as músicas tinham uma divulgação muito maior do que na década anterior, além da mídia especializada que começava a ganhar muita força (como as revistas adolescentes), sem falar em todo um cenário em volta da cultura adolescente na época, impulsionado principalmente pela MTV e filmes como American Pie, o Blink surgiu no momento certo!


Apesar de não concordar com a máxima de que "tudo o que é bom, acaba", infelizmente o Blink 182 interrompeu as suas atividades no ano de 2005, acabaram retornando em 2009, e estão aí até hoje! Mesmo assim, esse tipo de hiato acaba afetando não apenas o estilo da banda, como afastando o seu público, tendo de reconquistar o seu espaço.


Desde o hiato, a banda lançou mais dois álbuns: Neighborhoods, em 2011 e Califórnia, em 2016 (neste mês). Esse último, já sem o vocalista e guitarrista da formação original. Não acompanhei esses dois últimos lançamentos, mas fica a sugestão para quem quiser conhecer melhor a banda, assim como uma das vertentes mais populares do Rock nos anos 90/2000.

Vamos as cinco músicas:

Always

First Date

Dammit

What's My Age Again

All The Small Things



sexta-feira, 17 de junho de 2016

Considerações a Respeito da E3 2016

Recentemente tivemos mais uma edição de uma das maiores feiras de tecnologia e entretenimento, a Electronic Entertainment Expo (popularmente conhecida como E3). Se você acompanhou os anúncios, pode ter percebido que não foi uma edição muito surpreendente, já que muitas novidades caíram na mídia, acabando por tirar o peso dos grandes anúncios. Apesar disso, com a concretização de alguns rumores, podemos ter uma certeza, de que a indústria dos videogames está caminhando para mais uma mudança significativa.

A franquia Pokémon vai ganhar novos títulos, Sun e Moon são as novidades!

Para quem estava ansioso por novidades sobre o novo videogame da Nintendo, de codinome NX, acabou frustrado já que a empresa não revelou nenhum detalhe, mantendo o mistério que já vem sendo adotado há alguns anos. O foco da apresentação da Nintendo, esteve em cima das novas edições de Pokémon e The Legend of Zelda, aliás, foco exclusivo, já que basicamente, são as únicas novidades relevantes no momento.

Como todos sabem, a Nintendo têm perdido mercado desde o encerramento da produção do Nintendo Wii, e não mostrou ainda nenhuma reação significativa após a queda do Wii U, fazendo com que não apenas os seus consumidores, mas toda a indústria se pergunte: Como a empresa pretende recuperar o seu reinado no segmento dos videogames ? Certamente não foi nessa E3 que a resposta veio, quem sabe, no próximo episódio desta novela, que já está começando a afetar diretamente a reputação que a centenária Nintendo, vêm construindo desde o seu primeiro videogame, em 1983.

Vem aí mais um periférico que promete uma imersão nunca antes vista nos videogames.
A mídia especializada, quase unanimemente decretou que a Sony foi a "vencedora" da E3. Opinião que eu discordo, já que apesar da apresentação da Sony, de fato ter sido a mais bem trabalhada, com direito a orquestra, muitos trailers, além da gameplay do novo jogo da franquia God of War e a presença ilustre de Hideo Kojima (criador da série Metal Gear), não teve comprometimento com datas. Quando todo o entusiasmo passar, que segurança o consumidor terá em adquirir um console cujos lançamentos não tem previsão ? A Sony apesar de estar liderando o mercado com folga em relação ao segundo lugar, ainda não está com tanta moral a ponto de vender videogames apenas com trailers.

Já em relação ao VR, os entusiastas do novo periférico de realidade virtual, se sentirão satisfeitos, já que foi anunciado que mais de 50 jogos terão suporte a essa tecnologia. Inclusive, o novo título da série Resident Evil. A única coisa desconfortável, foi o preço. O consumidor que quiser desfrutar da tecnologia, terá de pagar 399 Dólares! Não sabemos se esse periférico vai emplacar ou não, mas a história recente dos sensores de movimento, Kinect (Microsoft) e até mesmo do PS Move (da própria Sony) rapidamente saíram de linha. Não acho que vale a pena, pelo menos, não no lançamento.

Com o anúncio de um modelo Slim do Xbox One, e também um novo videogame, a Microsoft vêm se organizando, vêm aí grandes mudanças no conceito de "geração de videogames".

A Microsoft não se conformou com o segundo lugar, e já está pondo em prática um contra-ataque massivo, para tentar de uma vez por todas, conquistar o trono de soberana no mundo dos games. O problema é que a sua estratégia, de mesclar o Xbox One com o PC, através do Windows 10, apesar de boa, é muito arriscada, podendo comprometer a fidelidade dos seus consumidores e não conseguir atrair os PC Gamers para os consoles. Mas, caso dê certo, vai com certeza atrair muitos consumidores as suas plataformas, graças a uma interatividade nunca antes vista nos videogames.

Outro detalhe muito interessante, foi o anúncio de dois novos Hardwares, um modelo Slim do Xbox One (com algumas melhorias) e um videogame mais poderoso, o Project Scorpio. Com o anúncio desse último, sob o título de " O Videogame Mais Poderoso Já Criado", podemos ver finalmente o alvorecer de uma nova geração de videogames, ou ainda o fim do que conhecemos por geração de consoles.

Essas foram as minhas considerações da E3, e você ? O que achou da edição deste ano ?

Participe com a sua opinião nos comentários!

Até a próxima E3!

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Remakes e Remasters São Bem Vindos, Pero no Mucho!

Apesar de terem sido lançados há aproximadamente 4 anos atrás, os videogames de Oitava Geração (PlayStation 4, Xbox One e Wii U) ainda estavam coexistindo pacificamente (mas não muito), com os outros videogames remanescentes da geração anterior, mais especificamente o PlayStation 3 e o Xbox 360, dessa forma a Sétima Geração (Wii, PS3 e 360) estava ganhando uma sobrevida, e a geração atual, não estava sendo muito atenta na criação de novos títulos.

Justamente por ainda estar sendo lançado novos jogos para o PS3 e para o Xbox 360, não existia uma pressão muito forte para o lançamento de jogos inéditos para as plataformas atuais, e quando digo jogos inéditos, estou me referindo a novos propriedades intelectuais de peso, afinal, estávamos tendo uma demanda de lançamentos frequentes (todo ano praticamente) de novos jogos, de antigas franquias, que já estão consolidadas, como é o caso das séries Assassin's Creed, Battlefield e Call of Duty que estavam sendo lançados nas duas gerações (lembrando que as versões de PS3/360 eram inferiores as lançadas para PS4/One).

Os jogos das franquias Assassin's Creed e Call of Duty, com seus lançamentos anuais acabaram saturando a indústria!
Aliada a situação já dita anteriormente, de alguns anos para cá, a indústria dos videogames se tornou extremamente rentável, ultrapassando até mesmo o cinema! Isso fez com que as produtoras se atentassem em se preparar melhor para lançar jogos de melhor qualidade, com mais recursos e imersão. Dessa forma, jogos que antes levavam meses, estão levando anos para serem lançados, e muitas vezes, ainda estão sendo lançados de forma incompleta, sendo necessário a espera de patchs de correção e atualizações via DLC que trarão a experiência completa ao jogador, Street Fighter V por exemplo, foi lançado sem modo história!

As produtoras estão sendo pressionadas para lançarem novos jogos, sem se importar se eles estão devidamente funcionais e completos! Street Fighter V foi lançado sem modo história e com poucos personagens, motivos que levaram a um baixo número de vendas!
Isso acabou criando um vício na indústria, que consiste no seguinte, praticamente a cada janela de lançamento entre um jogo e outro, de uma determinada franquia, de uma determinada produtora, é lançado um Remake ou um Remaster. Eles trabalham dividindo a equipe, em uma parte maior que trabalha no jogo novo, e uma equipe menor que vai trabalhar no relançamento do jogo antigo.

Esse relançamento pode ser feito de duas formas: Seja através de uma remasterização (de gráficos e som por exemplo) que vai atualizar aquele jogo lançado há alguns anos, para que se seja encaixado nas tendências posteriores ao lançamento; Quanto no transporte de uma ideia já consolidada, para uma nova engine, que vai renovar a jogabilidade, gráficos e ás vezes até alguns elementos narrativos, mas ainda assim, preservando a ideia original.

Final Fantasy VII estava realmente precisando de um Remake!
Se por um lado aqueles que já jogaram, gostaram e querem reviver a experiência ficarão felizes, assim como aqueles que não tiveram a oportunidade de jogarem na época de lançamento, terão essa oportunidade e de certa forma também ficarão felizes (se gostarem, é claro). Temos também aqueles que não tem interesse nos jogos passados e anseiam por novos títulos. Eu estou do lado daqueles que são favoráveis aos Remakes e Remasters, mas até certo ponto.

Os jogos de PSP receberam um bom tratamento em seu relançamento para consoles. Metal Gear Solid Peace Walker foi um dos ótimos títulos que foram adaptados para PS3 e Xbox 360.
O conceito de relançamento de jogos antigos é fundamental para a manutenção da indústria! Afinal, já temos uma história de quase meio século, que não pode ser esquecida, e tem a obrigação de ser acessível àqueles que apesar de não acompanharem na época, para que estes não sejam excluídos de uma experiência única e marcante para muitas pessoas! Além é claro, de poder ser fonte de inspiração para o lançamento de novas formas de se jogar, de se contar uma história, de vivenciar uma aventura, mas acima de tudo, preservar esse segmento do entretenimento que de sumo importância!

Imagine, você com apenas 5 anos de idade, com um Nintendo 3DS rodando Pokémon, na sua Pokedéx existe espaço para catalogar 720 Pokémons, mas na animação que você assiste, só falam dos últimos cem monstrinhos, isso acaba gerando uma certa curiosidade sobre os outros, motivando a saber mais sobre os outros pokémons, mas infelizmente, a jovem criança nunca vai obter a resposta para a seguinte pergunta: Como será que era jogar Pokémon tendo "apenas" 151 monstrinhos ?

Seria muito triste!

Apesar da brincadeira, o relançamento dos jogos é fundamental para que as novas gerações também sejam incluídas na lista de consumidores, mantendo a chama que alimenta a indústria dos videogames viva!

A Nintendo sempre apostou nos Remakes, os principais jogos da franquia Pokémon sempre recebem novas versões dos jogos mais antigos a cada mudança de geração.
Porém, existe o lado negro dessa prática, o qual eu sou contrário. Consiste no relançamento de um jogo que nem pode ser considerado "ultrapassado", pelo preço de um super lançamento! Aumentando os lucros, e diminuindo o respeito pelo consumidor. Afinal, qual o sentido de vender um jogo que já foi lançado a poucos anos atrás, pelo mesmo preço, apenas porque ele foi "portado" para a nova geração. Por exemplo, pense na seguinte situação: Você pagou 200 Reais no lançamento de Resident Evil 6 (em 2012), jogou, curtiu e depois de um tempo acabou trocando o jogo e mais algum tempo depois, vendendo o videogame, só que alguns anos mais tarde acabou batendo aquela saudade, e a vontade de jogar novamente é muito grande, só que para poder reviver a trama, você terá que desembolsar novamente, os 200 Reais, para jogar nos consoles atuais.

Totalmente injusto né!

Sou a favor dos Remakes e Remasters, desde que sejam relançados por um preço justo, dessa forma, todo mundo ganha!

O que vocês pensam sobre o assunto ?

Compartilhe a sua opinião nos comentários!