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quarta-feira, 8 de junho de 2016

Remakes e Remasters São Bem Vindos, Pero no Mucho!

Apesar de terem sido lançados há aproximadamente 4 anos atrás, os videogames de Oitava Geração (PlayStation 4, Xbox One e Wii U) ainda estavam coexistindo pacificamente (mas não muito), com os outros videogames remanescentes da geração anterior, mais especificamente o PlayStation 3 e o Xbox 360, dessa forma a Sétima Geração (Wii, PS3 e 360) estava ganhando uma sobrevida, e a geração atual, não estava sendo muito atenta na criação de novos títulos.

Justamente por ainda estar sendo lançado novos jogos para o PS3 e para o Xbox 360, não existia uma pressão muito forte para o lançamento de jogos inéditos para as plataformas atuais, e quando digo jogos inéditos, estou me referindo a novos propriedades intelectuais de peso, afinal, estávamos tendo uma demanda de lançamentos frequentes (todo ano praticamente) de novos jogos, de antigas franquias, que já estão consolidadas, como é o caso das séries Assassin's Creed, Battlefield e Call of Duty que estavam sendo lançados nas duas gerações (lembrando que as versões de PS3/360 eram inferiores as lançadas para PS4/One).

Os jogos das franquias Assassin's Creed e Call of Duty, com seus lançamentos anuais acabaram saturando a indústria!
Aliada a situação já dita anteriormente, de alguns anos para cá, a indústria dos videogames se tornou extremamente rentável, ultrapassando até mesmo o cinema! Isso fez com que as produtoras se atentassem em se preparar melhor para lançar jogos de melhor qualidade, com mais recursos e imersão. Dessa forma, jogos que antes levavam meses, estão levando anos para serem lançados, e muitas vezes, ainda estão sendo lançados de forma incompleta, sendo necessário a espera de patchs de correção e atualizações via DLC que trarão a experiência completa ao jogador, Street Fighter V por exemplo, foi lançado sem modo história!

As produtoras estão sendo pressionadas para lançarem novos jogos, sem se importar se eles estão devidamente funcionais e completos! Street Fighter V foi lançado sem modo história e com poucos personagens, motivos que levaram a um baixo número de vendas!
Isso acabou criando um vício na indústria, que consiste no seguinte, praticamente a cada janela de lançamento entre um jogo e outro, de uma determinada franquia, de uma determinada produtora, é lançado um Remake ou um Remaster. Eles trabalham dividindo a equipe, em uma parte maior que trabalha no jogo novo, e uma equipe menor que vai trabalhar no relançamento do jogo antigo.

Esse relançamento pode ser feito de duas formas: Seja através de uma remasterização (de gráficos e som por exemplo) que vai atualizar aquele jogo lançado há alguns anos, para que se seja encaixado nas tendências posteriores ao lançamento; Quanto no transporte de uma ideia já consolidada, para uma nova engine, que vai renovar a jogabilidade, gráficos e ás vezes até alguns elementos narrativos, mas ainda assim, preservando a ideia original.

Final Fantasy VII estava realmente precisando de um Remake!
Se por um lado aqueles que já jogaram, gostaram e querem reviver a experiência ficarão felizes, assim como aqueles que não tiveram a oportunidade de jogarem na época de lançamento, terão essa oportunidade e de certa forma também ficarão felizes (se gostarem, é claro). Temos também aqueles que não tem interesse nos jogos passados e anseiam por novos títulos. Eu estou do lado daqueles que são favoráveis aos Remakes e Remasters, mas até certo ponto.

Os jogos de PSP receberam um bom tratamento em seu relançamento para consoles. Metal Gear Solid Peace Walker foi um dos ótimos títulos que foram adaptados para PS3 e Xbox 360.
O conceito de relançamento de jogos antigos é fundamental para a manutenção da indústria! Afinal, já temos uma história de quase meio século, que não pode ser esquecida, e tem a obrigação de ser acessível àqueles que apesar de não acompanharem na época, para que estes não sejam excluídos de uma experiência única e marcante para muitas pessoas! Além é claro, de poder ser fonte de inspiração para o lançamento de novas formas de se jogar, de se contar uma história, de vivenciar uma aventura, mas acima de tudo, preservar esse segmento do entretenimento que de sumo importância!

Imagine, você com apenas 5 anos de idade, com um Nintendo 3DS rodando Pokémon, na sua Pokedéx existe espaço para catalogar 720 Pokémons, mas na animação que você assiste, só falam dos últimos cem monstrinhos, isso acaba gerando uma certa curiosidade sobre os outros, motivando a saber mais sobre os outros pokémons, mas infelizmente, a jovem criança nunca vai obter a resposta para a seguinte pergunta: Como será que era jogar Pokémon tendo "apenas" 151 monstrinhos ?

Seria muito triste!

Apesar da brincadeira, o relançamento dos jogos é fundamental para que as novas gerações também sejam incluídas na lista de consumidores, mantendo a chama que alimenta a indústria dos videogames viva!

A Nintendo sempre apostou nos Remakes, os principais jogos da franquia Pokémon sempre recebem novas versões dos jogos mais antigos a cada mudança de geração.
Porém, existe o lado negro dessa prática, o qual eu sou contrário. Consiste no relançamento de um jogo que nem pode ser considerado "ultrapassado", pelo preço de um super lançamento! Aumentando os lucros, e diminuindo o respeito pelo consumidor. Afinal, qual o sentido de vender um jogo que já foi lançado a poucos anos atrás, pelo mesmo preço, apenas porque ele foi "portado" para a nova geração. Por exemplo, pense na seguinte situação: Você pagou 200 Reais no lançamento de Resident Evil 6 (em 2012), jogou, curtiu e depois de um tempo acabou trocando o jogo e mais algum tempo depois, vendendo o videogame, só que alguns anos mais tarde acabou batendo aquela saudade, e a vontade de jogar novamente é muito grande, só que para poder reviver a trama, você terá que desembolsar novamente, os 200 Reais, para jogar nos consoles atuais.

Totalmente injusto né!

Sou a favor dos Remakes e Remasters, desde que sejam relançados por um preço justo, dessa forma, todo mundo ganha!

O que vocês pensam sobre o assunto ?

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