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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Emulação, Uma Dádiva dos Ninjas

Desde que eu era criança, sempre tive acesso a emulação e através dela pude conhecer muita coisa boa no mundo dos videogames. A ideia de poder jogar algo que não é da minha época, era fantástico, fora toda a biblioteca disponível que tornava a experiência praticamente infinita!

ZSnes - O nosso primeiro emulador a gente não esquece!
O primeiro contato que tive a emulação, foi através de um CD-Rom com um emulador de Super Nintendo e algumas ROMs, algo próximo de cem jogos. Não me lembro com quem esse CD-Rom foi obtido, mas sei que tinha sido um empréstimo, talvez através dos colegas que o meu irmão tinha na escola ou por um amigo do meu pai. Infelizmente, alguns jogos não funcionavam, chegando até mesmo a travar o velho Windows 98 da família, o que impossibilitou naquele momento de conhecer alguns clássicos importantíssimos da biblioteca do SNES.

Apesar de ter tido esse primeiro acesso aos emuladores muito jovem (próximo dos 6 anos) ainda não tinha o amadurecimento suficiente para desfrutar jogos mais complexos, como um RPG por exemplo. Graças a isso acabava focando a jogatina em jogos que eu já tinha jogado no meu Super Nintendo. Com o tempo acabei jogando menos no emulador e aos poucos parei, afinal jogar no videogame era muito melhor. E um dia esse CD-Rom simplesmente sumiu e por um tempo achei que a experiência com a emulação havia sido encerrada para sempre.

River Raid - Nossa, que gráficos!
Alguns anos mais tarde, outros emuladores foram surgindo através de colegas do meu pai, como os de Mega Drive e o Atari 2600. Passava várias horas jogando River Raid no emulador de Atari, um feito que seria praticamente impossível na época senão fosse a emulação, já que no começo dos anos 2000, eu não conhecia ninguém que possuísse aquele clássico videogame de madeira e nos Shopping Centers que eu frequentava, sempre tinha o videogame do momento em exposição.

Graças à Internet, mais especificamente o site Fliperama, pude ter acesso a emulação de outros consoles como o Master System e o Nintendinho e ao implacável MAME 32, o emulador de Fliperama.

Com a instrução do namorado da minha irmã na época, que agiu como um mentor da arte da emulação, pude ter acesso ao incrível mundo dos Arcades, um mundo em decadência já naquela período, tendo como últimos suspiros as máquinas presentes em Shoppings.

Anos mais tarde, com toda essa base na emulação, aliada á uma internet melhorzinha, o finado Speedy, pude entrar de vez no mundo da emulação. Terminava praticamente um Beat n’ Up por dia e passava o resto do tempo jogando multiplayer no Kawaks (Um excelente emulador de CPS-1,2 e Neo Geo) através do serviço online do Kaillera (muito popular na época).

Ainda hoje continuo utilizando emuladores, principalmente para testar jogos mais clássicos e até mesmo terminar um jogo inteiro através desse recurso. Além de proporcionarem horas de diversão os emuladores podem ser os responsáveis pela aquisição das versões remasterizadas e também de plataformas antigas já descontinuadas (Como um Dreamcast, por exemplo) e impulsionar uma coleção de videogames!

Castlevania Aria of Sorrow - Consegui terminar o jogo através de um emulador de Game Boy Advance para Android!
Os emuladores tiveram um participação fundamental na minha formação como Gamer mas sem substituir o papel do videogame. É possível que haja uma conciliação entre essas duas formas de se jogar sem que uma interfira na experiência da outra, inclusive sendo uma forma de evitar com que muita coisa boa caia no esquecimento!

Aproveite os emuladores, apoie a indústria de videogames, mas acima de tudo, busque o seu divertimento!

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